És a glória, o esplendor,
assídua do coração...
Tens a confusão a alegria, a dor,
mas nada em ti é vão.
És a liberdade que corre o amor,
um dia sim, um dia não!
- Sê o dia, tenho-te aqui amor...
És o tempo, sou a evolução.
Quanto tenho a esperar?!
- O tempo que espere,
Eu sou o tempo que espera.
Quanto fado vai durar?!
- Não há fado, há alegria que fere,
Eu sou a tua paz, a minha guerra.
Eu sou a alegria de te ver...
quarta-feira, 11 de maio de 2011
amigos opostos
Os desvios, furias
de uma fonte oposta,
um oposto, as tertúlias,
as vidas dão à costa.
São paradeiros, ungidos
de uma fronteira inóspita,
fugidios e aguerridos,
de um sério que evita.
As mesas, os copos,
na desordem cordeira
que vai a votos.
Saltos numa assídua
euforia, tentáculos,
uma achega contínua.
de uma fonte oposta,
um oposto, as tertúlias,
as vidas dão à costa.
São paradeiros, ungidos
de uma fronteira inóspita,
fugidios e aguerridos,
de um sério que evita.
As mesas, os copos,
na desordem cordeira
que vai a votos.
Saltos numa assídua
euforia, tentáculos,
uma achega contínua.
O homem seco
A rega seca
chama o tempo,
chama a rega,
chuva, rocha e vento.
O tritão navega,
corpo nu ao relento,
corpo que não nega
o simples rebento.
Quem some as uvas
colhe bacos,
sabe as virtudes dos cacos.
É peixe em águas turvas,
escolhe lados errados,
Já! Não colhe fados...
chama o tempo,
chama a rega,
chuva, rocha e vento.
O tritão navega,
corpo nu ao relento,
corpo que não nega
o simples rebento.
Quem some as uvas
colhe bacos,
sabe as virtudes dos cacos.
É peixe em águas turvas,
escolhe lados errados,
Já! Não colhe fados...
A vida em mais...
A vida, talvez, está em mais
do que em palavras voadoras.
Permite nas palavras duradouras,
secalhar até mais em demais.
A vida, talvez, está em mais
do que sonhos de outroras,
num futuro que foras.
Nem em vistas, sombras ou cristais.
A vida tem ossos de carnura,
não é breve, nem muito dura,
dá tempo a perder, a engordar.
Talvez um sonho que se atura,
um longo amor que não descura,
dá tempo, aprende e deixa amar.
do que em palavras voadoras.
Permite nas palavras duradouras,
secalhar até mais em demais.
A vida, talvez, está em mais
do que sonhos de outroras,
num futuro que foras.
Nem em vistas, sombras ou cristais.
A vida tem ossos de carnura,
não é breve, nem muito dura,
dá tempo a perder, a engordar.
Talvez um sonho que se atura,
um longo amor que não descura,
dá tempo, aprende e deixa amar.
Migração
Só com a vinda
do migratório avinco,
há quem se faça ainda
qualquer coisa de açor,
coisa de boa cinta, coisa linda,
não há quem feche o trinco,
mesmo que já não se fassa, ainda,
o temeroso amor.
A morte só sabe desejar,
há quem não saiba,
quem não saiba, não amar...
A morte sempre a pelejar,
mesmo quando não caiba
aos santos saber amar.
do migratório avinco,
há quem se faça ainda
qualquer coisa de açor,
coisa de boa cinta, coisa linda,
não há quem feche o trinco,
mesmo que já não se fassa, ainda,
o temeroso amor.
A morte só sabe desejar,
há quem não saiba,
quem não saiba, não amar...
A morte sempre a pelejar,
mesmo quando não caiba
aos santos saber amar.
domingo, 8 de maio de 2011
Gente da minha terra...
Gente da minha terra tem solo fértil em tempo escasso...
Tem os pés quentes d'uma sola a ferver.
Gente da minha terra não tem sonhos tem um sonho...
Tem o sonho de ser.
É fria a manhã de Verão,
mais do que todo o frio do inverno...
Tem todo o coração,
mas só d'um é eterno.
Gente da minha terra, solidão que encerra...
O vento certo, o aconchego berra.
Gente da minha terra que me tens,
só não tens quem queres ter.
Tem os pés quentes d'uma sola a ferver.
Gente da minha terra não tem sonhos tem um sonho...
Tem o sonho de ser.
É fria a manhã de Verão,
mais do que todo o frio do inverno...
Tem todo o coração,
mas só d'um é eterno.
Gente da minha terra, solidão que encerra...
O vento certo, o aconchego berra.
Gente da minha terra que me tens,
só não tens quem queres ter.
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