quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A medida e o homem

Ajusta a medida o Homem, aperta e eu liberto! Em transe soberbo sobre o resto e o poder da cicatriz, da ferida desmedida. Sempre o tempo o tempo que intervém a mim não me convence, tal como suga os olhares    
 consumidos fatalmente por uma sombra que extingue a chama que chama por mim.



Senhores e aqui está o tempo que surgiu e fez me partir!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O meu imperfeito Diário

O Meu imperfeito Diário:

Cada pensamento é uma onda de tormento,
cada pedaço que não deixo perder,
Foge, foge e não sei deixar de ser,
Tudo o que sou e fui no momento.

Tenho as asas rústicas presas ao passado,
os movimentos perros a outro ser,
Uma e mais uma forma de perder,
será, isto ganhar de facto?!

As linhas, os vincos na minha personalidade,
Revelam de facto a tua existencia,
Uma permanência sem idade!

E já não sou dono da minha realidade,
sou, de facto, apenas a tua existência,
Sou um bocado da tua grande cidade.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Suave inocência

A saudade, aquela que não desfaz,
é a eterna chaga,
de quem pela neblina,
vê pó e água saturada.

Tenho os sonhos em ti para mim,
num encontro de um todo ser ao seu tudo.
Talvez seja...e é quem nunca soube perder
nem pouco, nem muito do que sou.

A firmeza, o solo, a permanência,
a cura de todos os males,
toda a febre toda a doênça...
O suor, que conheço numa inocência só minha.

Não há evitar os passos que ecoam,
que remetem e insistem e perduram.
Tanto erro, tanta de forma de não se merecer,
e só quero ser tudo o que sou...

Só para ti.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Necessidade anuladora

Agarra-me a esta vida,
a estatística avisa,
os sinais, a paz detida
que nos consome, que nos divisa.

A necessidade é decidida,
a alma estiliza,
a som, a dor conseguida...
Um sonho não precisa.

Solene cortejo, tanta figura,
morte que se aventura
no espaço adormecido.

As sombras, as caras d'amargura,
a morte que não descura.
Bem que há sorte, há amigo.

não há homem

Todos temos o tempo,
o nosso dia negro,
solarengo lá fora,
sem ideia cá dentro.

Se não sigo o vento,
faço planos, faço esquemas -
um rosto presente,
um presente de outrora.

Não há Homem
na ventura que temos,
que é exigida, que fogem,
que soubamos, que agarremos.

Não há confiança, ninguém confia,
ninguém atreve
desafiar a antiga sofia,
quando tudo se mexe.

O Tempo, o espaço, o vazio

São simbolos de desigualdade,
os espaços, os passeios,
os bares e os alheios,
sem tino ou dignidade.

Mostra a conversa, a felicidade,
porque de todos os anseios,
todas as guerras, todos os meios,
há vestigio de igualdade.

Não tem espaço o tempo -
Lembra e não mostra,
num desalento...

Tem todo o tempo o espaço,
o vazio tem todo o tempo,
toda a veste e todo o cansaço.

Um dia em carnide.

Saio na necessidade apertada
por um condimento desinibido -
e no tudo vi-me no nada
e de toda a paciência vi-me descabido.

Mas em nada existe a excepção perpectuada,
vi condimento, vi amigo
e em todo o vinho, sangue e nada,
um fúnebro artigo.

A paz na guerra é guerra...
o silêncio, a falta de sirene
e escorre, escorre, berra!

Por fim, a gente da terra,
os outros, a ilusão perene
que o hoje encerra.