domingo, 28 de fevereiro de 2010

Don juan

Este perfume foi concebido através do meu ADN.__________ http://contracrise.com/o_perfume_don_juan

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

"Trevoeiros"

"Trevoeiros" de atritos,
chuvas de delitos,
curvas ambíguas
de longas linguas.

Semeiam os trigos
dos servis e gentis,
detidos pela bondade não actriz,
porque actuam por aí sentidos.

aqueles que de norte a sul
são sucesso de belheteira,
da verdade e baboseira.

Nós amadores com pó azul
dos trevos da cegueira,
assim nos queimamos, como a queima da sementeira.

A vida

Quero a vida explicar em apenas algumas proposições:

.Comecemos por dizer que o que digo é apenas escrever.
.Que o dever é proteger.
.Que se existe Deus este é nossa existência.
.Que não existe permanência.
.Se tentas caçar um ser és vil e decadente, pois, este pertence ao senhor referido acima.
.Que posso caminhar apenas por caminhar, não por ter caminho ou precisar.
.Que o granito é um minério.
.Que um jardim não necessita germinar.
.Que não escrevo apenas para eliminar quebra-cabeças, mas também, para acabar.

O tempo que espero.

O tempo que espero
não será desesperado,
assim espero...

Espero aquilo que não é
meu pertence,
mas espero...

Mas não preciso o que necessito,
nem grito mas cito,
desespero, eu sei...

Estou na exacta espera, creio,
mas não meu pertence,
eu sei...

Mas desespero...
posso citar meu pertence,
o desespero que reside e desespera...





este desespero que reside e desespera

Morte

Hoje passei pelo itinerário mortal,
vi faces com olhares sugados,
saltei seus corpos
apenas com um olhar suado.
descubri montanhas feitas vales,
vi rios varridos pelo tempo,
Sim, esse tão infinito....

Passo a passo...

Passo a passo,
a esperança passa
pela perseverança.

Passo a passo,
segues este compasso,
harmonia ganha pança.

O tempo escassa,
a bala trespassa...

Passo contra passo,
pequena necessidade de espaço....

Fico farrapo
e sem deixa de bom estado...

Dispara o cravo,
parte e cai o coitado,
Liberdade um sonho amado.

A outra cara...

Hoje recuso palavras,
recuso sentidos e emoções....
Em palavras escondidas
por belas canções.

Sinto na pele da emoção,
a desilusão...
e assim parti, por partir...
ri, por rir...

Com esta vossa exímia ausência,
o verdadeiro...
esta verdade,
que foi verdade escondida.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval à maneira

Vestidos a rigor numa época de pedinte, estes cegos que finalmente são... o que querem três ou quatro dias. É tempo de liberdade... de ser palhaço ou bancário, milionário na banca rota ou pedinte e vadio por bem de ser feliz.
Que agradavel, que doce, que quebra de monotomia na vida de tantos!



Mas que MARVELLOUS!

A chuva cai do fundo da sala mostrando a porta a que todos se devem derigir, a porta secreta, a porta do elo de ligação, a porta da diferença, a porta do fim do preconceito, É CARNAVAL!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Gentes das terras

Gentes das terras,
dos mares e dos ventos,
que abre, fecha e encerra
sem grandes argumentos.

Dizem-se puras as feras!
quando se enganam sem tentos...
com tinta e sem dentes,
David, Golias e seus sustentos.

Gente minha e só minha,
como é minha, minha alma...
Sim! Esta tão calva

Esta que sugas pelos tempos,
não desaprendendo sua valsa...
Como quem quer maré, pó e fortes ventos.

hábitos

Enguias, freios e chicotes,
frias cheias e mortes.
Cancros, penicilinas,
epidemias e vacinas.

Os tolos vão a votos....
Os crava galão, isenção...
de todos os modos
fugiu toda a autómata população.

Saldos migratórios orais,
que vão do messias aos demais...
Enganos e má fé,
boa má lingua e bom café...

Peliculas protectoras e solares,
coisa que queima o olhar
ou engana aos milenares,
basta sentar, calar, ouvir, deitar...

O Nada

Nada, como o nada
que chove na boca,
na boca aberta e gelada
do pobre coitado.

A sombra superou o criador,
não há bravura para com o amor.
O nada nem isso é...
nem cor, nem buraco, não o é...

O que doi espicaça,
tira o mau do sério
num bom assédio...
para que mais se faça.

Boémia

Isto da boémia,
não faças caso...
é uma crise sistemática
da errante hérnia.

É chuva no copo,
que se aterra de fado,
pela guela
deste aristocrata agarrado.

Os sonhos são férteis,
de uma derradeira bela,
que se pinta sem pinceis...

E vou derivando numa cela
num cavalo troiano de corrocel,
que vou desdenhando "à papel".

A noite

Treme os raios,
as saias que tapam,
os destros cravos... fecham...
Em palavras descabidas.

Estas que dizem tanto,
com tanto pouco...
Como o azouto
preenche o encanto.

O azul brilhante,
o azul tenebroso,
o lúgubre desditoso
de uma noite errante.

Os sonhos secam,
as palavras ecoam....
alto e mais alto!!!!
Em pressa, sufocam....

Girias de intenção
Que morrem em vão

Protótipos

Protótipos da ventura,
da desventura....
Amor, saudade,
guerra e paz, assaz sociedade.

Somos o que não descura
da nossa dura precariedade,
num anseio
de ser presa futura.

Dos Deuses e das feras,
das sagradas terras
e dos tenros pecados.

Salvação aos protótipos das eras,
de boas intenções térreas!
Estes que ao bem, são dados.

Está cá dentro!

Está cá dentro!
Os espinhos e os destinos,
cada um com o seu tamanho,
cada um com o seu reguengo.

O senhorio que cá manda
nos leitos dos rios,
tem dúvidas cavando
o seu ao vento.

Colhe nas gargantas,
as sementes da sabedoria
e é herege em todas as demandas...

É de religião pagã,
de uma explendida alegoria...
Que serve a seus amados.

Dar o tudo pelo nada...

Em Portugal tudo cedemos,
o que temos e o que não temos...
Nas ameaças, tal como messias,
perdoamos...não somos de azias.

Como este belo exemplo
das minhas belas crias,
das quais recebo belas azias,
e sem tempo, tenho todo o tempo...

Perdôo os furos na espinha
e carrego o fardo,
como um bom parvo.

Os lumes podem derreter o quadro,
mas a tinta não falta...
É só do coração partir um pedaço.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tantos d'vós

Meus companheiros de passeios cunhados, louvados pelos vossos pés solares.
Transeuntes , itinerantes eternos destas vias por conhecer,
levados pelas esferas mortais a cada decisão de perecer,
a cada decisão de somas elementares aos pares.

É dificil esquecer os séculos alarves,
que conheceram-nos os sinais, as sinapses,
os desiquilibrios parvos, os entraves,
os momentos continuos, estes chatos ares....

Meus queridos, somente ao parecer,
ao conhecer, ao corroer....
Os solos férteis de tantos de vós.

Só resta velar e prever,
os vossos cunhos, que em conta deva ter,
para salvar e proteger tanto de nós.