Agarra-me a esta vida,
a estatística avisa,
os sinais, a paz detida
que nos consome, que nos divisa.
A necessidade é decidida,
a alma estiliza,
a som, a dor conseguida...
Um sonho não precisa.
Solene cortejo, tanta figura,
morte que se aventura
no espaço adormecido.
As sombras, as caras d'amargura,
a morte que não descura.
Bem que há sorte, há amigo.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
não há homem
Todos temos o tempo,
o nosso dia negro,
solarengo lá fora,
sem ideia cá dentro.
Se não sigo o vento,
faço planos, faço esquemas -
um rosto presente,
um presente de outrora.
Não há Homem
na ventura que temos,
que é exigida, que fogem,
que soubamos, que agarremos.
Não há confiança, ninguém confia,
ninguém atreve
desafiar a antiga sofia,
quando tudo se mexe.
o nosso dia negro,
solarengo lá fora,
sem ideia cá dentro.
Se não sigo o vento,
faço planos, faço esquemas -
um rosto presente,
um presente de outrora.
Não há Homem
na ventura que temos,
que é exigida, que fogem,
que soubamos, que agarremos.
Não há confiança, ninguém confia,
ninguém atreve
desafiar a antiga sofia,
quando tudo se mexe.
O Tempo, o espaço, o vazio
São simbolos de desigualdade,
os espaços, os passeios,
os bares e os alheios,
sem tino ou dignidade.
Mostra a conversa, a felicidade,
porque de todos os anseios,
todas as guerras, todos os meios,
há vestigio de igualdade.
Não tem espaço o tempo -
Lembra e não mostra,
num desalento...
Tem todo o tempo o espaço,
o vazio tem todo o tempo,
toda a veste e todo o cansaço.
os espaços, os passeios,
os bares e os alheios,
sem tino ou dignidade.
Mostra a conversa, a felicidade,
porque de todos os anseios,
todas as guerras, todos os meios,
há vestigio de igualdade.
Não tem espaço o tempo -
Lembra e não mostra,
num desalento...
Tem todo o tempo o espaço,
o vazio tem todo o tempo,
toda a veste e todo o cansaço.
Um dia em carnide.
Saio na necessidade apertada
por um condimento desinibido -
e no tudo vi-me no nada
e de toda a paciência vi-me descabido.
Mas em nada existe a excepção perpectuada,
vi condimento, vi amigo
e em todo o vinho, sangue e nada,
um fúnebro artigo.
A paz na guerra é guerra...
o silêncio, a falta de sirene
e escorre, escorre, berra!
Por fim, a gente da terra,
os outros, a ilusão perene
que o hoje encerra.
por um condimento desinibido -
e no tudo vi-me no nada
e de toda a paciência vi-me descabido.
Mas em nada existe a excepção perpectuada,
vi condimento, vi amigo
e em todo o vinho, sangue e nada,
um fúnebro artigo.
A paz na guerra é guerra...
o silêncio, a falta de sirene
e escorre, escorre, berra!
Por fim, a gente da terra,
os outros, a ilusão perene
que o hoje encerra.
Minha terra
Não sou como estas pessoas, não me sinto preverso, talvez submerso, para abdicar do que sou. Falta-me a matéria esotérica, ser supremo, ser outro ser e as garras não agarram o pouco que sou nem o que deve ser, mas a um talvez seja e se for é minha terra, é meu amor e todo o tremer, é folha, é ciência natural e coisa estival.
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