Lisboa

Primeiro Dia:

Ginja de Óbidos - Um bom sitio para se ter o tempo a passar.

A aproximação é verdadeiramente inconclusiva, o meio é maior, as pessoas são menores. Tudo se constroi de prespectivas, talvez ambíguas, um pouco objectivas. Plano grande, parecente deminuto.

Todos os minutos contam, pricipalmente, quase exclusivamente no meio urbano.
Tenho todo o amigo na minha terra, toda a lava no centro, toda a ansiedade reserva-se na extremidade, difícil de esquecer, fácil de sucumbir.

Os estranhos...lá se descobrem conhecidos, os conhecidos... carregam-se e lembram, porque conhecidos aqui, nesta Lisboa, são amigos e os amigos lá ficam, entre a bruma no meio do mar.

Finalmente tenho o tempo de escrever, o tempo de sonhar, saber o que se teve, saber imaginar e criar, ter o tempo de lamentar, não que lamente, mas porventura, bem que não tento.

Os dias aqui são iguais, assim sendo, Segundo Dia.

Jogo o dardo,
obscuro semáforo.
Tens todas as ruas,
porque tens todas as tuas ruas.

Viver o certo pelo errado,
saber errar o fado,
ser certo de que as ruas
são e serão sempre tuas.

Tem a tinta na camisa,
tem a tinta nas calças,
um quanto mais honesto...

Mais honesto, porque precisa
duma cinta, dumas alsas,
para se enquadrar num resto!

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Portugal continental
metam o nariz na anal,
porque sou dos Açores
e Açores é só amor.

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É impressionante o quanto o pensamento muda através do meio

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I'm lost...still lost, but I know where I am, because I belong.

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Para pensar no mundo é preciso observar, e pouco coisa existe melhor que ao passear se descubra o mundo a cada passo.