quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Qualquer coisa

Uma vida, dois amores, criações fantasiosas de uma mente enganosa, tiragens, selecçoes, extorsões de uma mente colapsada de detergentes mentais.
Horas infindas de contração, paredes animadas, movediças, originadas pelo desespero, querer mais cedo, querer o que não mais virá, querer outra coisa, não querer nada, ser monotomia.
Gritos sufocantes de crianças, de um longe bem chegado, uma infancia, um futuro, uma briza esquecida, culpa do mosteiro, culpa do monge, culpa de ninguém.
Dois muros, duas paredes, dois mundos, qualquer coisa pelo meio, onde quem não encaixa mete-se, a razão e a alma, a pobreza e a dignidade, o amor e a saudade, um e o outro.
Orifício, vale de meio mundo, os escombros dos olhos que não querem ver, ver os denotativos da solidão acompanhada.
Amor, minha querida alma esconde, atreve e recua, só sabe que amar não é querer, não é ter, é uma coisa à qual vi em quem dos olhos não vi luz, não vi esperança.

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