terça-feira, 25 de maio de 2010

Primaver.3

Os pensamentos voam presos nas garras de uma solidão que se quer soltar, fazem viagens antagónicas, a um passado, a um futuro, a um passado que se quer seguir pelo futuro. Os assombros constantes da luz difusa, que penetra, que liberta, que apreende, o que de mais humano há em nós. O resto é pó, poeira de um vento leve que busca o que há mais a pensar, mas que não há que pensar, é a briza do tumulo que cospe o morto, o fado, enterra o vivo e reanima as bruscas memórias de uma outrora felicidade.

Inverno primaveril, o sol de dentro das nuvens, o sol por entre as chuvas...

Aquele toque de quem vem aquecer, que logo passa, numa inconstante rajada...

Os passos cegos que perseguem um engano bem visto...

Os ecos da natureza divina dos traços transcendentes a uma realidade...

E quero o trevo, paz, amor, cabana, abrigo, suspiro de quem do alivio, é pertence de alguém que pertence, sempre para sempre, além dos vagos fins numa certeza sem fim. O gosto pelo Bem todo Poderoso que agarra e pulsa e dilata e faz viver, faz querer, faz ser, faz ter a força de um guerreiro, a força de quem quer mais do que alguém!

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