quarta-feira, 14 de abril de 2010

Amigo da guarda

Toca flauta, amigo da guarda, toca os sons da natureza, toca os sons da bonança, toca a paz de espírito. Amigo da guarda nunca liguei ao quadro exposto, só agora é que o sei.....só agora (a noção vem tardia) já dizia o velho pálido, enegrecido do carvão às portas do café (mas quem é que os ouve?). A vivencia da incerteza é pudorosa na idade de o ser e cativante na idade de o ser (mas quem quer saber), os ramos das arvores crescem a favor do vento mas o vento não cresce ao seu sabor....o vento é incerto muito mais quando desagua nas mentes de outrem. Amigo da guarda, os sonhos são passagens? E se são... será que fui? Decerto que sim, a uma nova demanda aos bosques sombrios, aos becos, aos fins da linha e inicios. Errado seria pensar que a vida é elementar, coisa brusca, pouco eloquente de pensar.

Mas amigo toca, toca os sons dos meus ouvidos, os sabores da minha boca, os cheiros do meu nariz e as paredes da minha pele.....toca, toca e toca.....porque quando parar, sei lá que sonhos, sei lá o que ser.

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