sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal florestal

Natal és a lembrança finita, um jardim de dois metros quadrados, três roseiras, quatro folhas, fechado em sequoias de sobranceiro. Quero! Maldito sejas desejo inefável, destrois os cinco muros da perdição num raio de inveja e mal perder, o trisnar da aves ocas, o roer no estio instável, o inevitável nasce, a sombra cresce, o mundo é plano, o chapéu é cartola, o vermelho enegrecido do secar do tempo.

A figura paternal, solitária, adorada, confere a tua imagem num espelho imaginário, não quero! Não quero! Desquero! Puxa Pai natal as renas, que estas não se dão ao trabalho, têm se umas às outras, tens uma noite, duas, três crianças, um dia, o resto de descanço, o frio congela a emoção, fecha a lareira! Apaga a lareira! Atira veneno ao resto.... O mundo é perdido de costas, uma espinha que trincas.

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