sábado, 23 de janeiro de 2010

O quarto

Velas e soslaios suspeitos
de uma solidao que não abranda
nem num milhão de geitos

Por mais que olhe pela janela com pés na varanda
por mais que encha a visão
de gente assaz santa

Não enche este coração...
o quarto feroz
que se desfaz em ilusão

Os passos dados são voz
que atira justos defeitos
a esta minha foz

As chuvas encheram os leitos
a corrente, corre com menos fulgor
trava passados inteiros

O oceano não descreve este amor
sim! o horizonte...
Este que acaba num bater de tambor

Sem comentários:

Enviar um comentário